Leitão Assado
Amarelo e apaladado por séculos de tradição, com o peso em vivo a oscilar entre os seis e os oito quilos, um mês, mês e meio de idade, o leitão sai do leite materno para se transformar numa iguaria ímpar famosa em todo o país.
Temperado à boa maneira da tradição com uma pasta de sal e pimenta, enfiado no espeto durante duas horas no forno, pelas mãos de especialistas nas voltas e mais voltas da sua confecção, amarelo como ouro na sua pintura a calor lento, o leitão é verdadeiramente um manjar divino.
Ao contrário do leitão de Negrais, assado aberto, o leitão da Bairrada é enfiado no espeto, fechado com a pasta de sal e pimenta no seu interior.
Apesar de se saber que os romanos já apreciavam leitão, não são muitos os livros de gastronomia que o referem assado. Facto é que desde o século XVII que a criação de suínos se tornou excedentária em terras da Bairrada e esse facto constituiu um grande impulso que o levou à sua comercialização.
O documento mais antigo que se refere a esta iguaria é uma receita conventual de 1743, provavelmente do Mosteiro do Lorvão ou do Mosteiro da Vacariça, compilada num caderno de refeitório de 1900 por António de Macedo Mengo, na qual é descrita uma receita que quase coincide com a receita actual.
Devido a esta falta de documentação mais exacta, todos os concelhos da região da Bairrada reivindicam a sua origem, desde o concelho da Mealhada, a Sul até ao de Águeda, a Norte, não sendo consensual e gerando várias disputas.
(in: wikipedia)